As atividades do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) foram iniciadas em 1980, quando o Ministério da Saúde identificou a necessidade da criação de um sistema com abrangência nacional, para informação e documentação em toxicologia e farmacologia. A prioridade do Governo era obter dados sobre medicamentos e outros agentes tóxicos existentes no país, a fim de que gestores, profissionais de saúde pública e a população em geral pudessem ter acesso às mais diversas formas de uso, prevenção e proteção. 

 

No mês de agosto daquele ano, foi firmado um contrato para a implantação da Coordenação do Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica, designado pela sigla SNITF. Intermediado pelo Ministério da Saúde (MS), o documento foi assinado entre Fiocruz e a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.

 

Por meio deste Sistema, a partir de 1985, a Fiocruz passou a divulgar, anualmente, os casos de intoxicação e envenenamento humanos, reunindo os registros realizados pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica, presentes em vários estados brasileiros, compilando um documento com informações nacionais.

 

A estruturação administrativa do Sinitox acompanhou as mudanças obervadas no cenário político brasileiro. Em 1989, foi transferido para o Rio de Janeiro, ocasião em que passou a ser denominado Programa Nacional Integrado de Informação Fármaco-Toxicológica (Pronitox), vinculado à Vice-Presidência de Desenvolvimento Tecnológico da Fiocruz. Anos depois, com a criação do Centro de Informação Científica e Tecnológica (Cict), o Programa deixou de estar ligado à Vice-Presidência, passando para a subordinação do Cict, atualmente denominado Icict.

 

Após passar por uma revisão em 1992, o Pronitox tornou-se mais abrangente, quanto ao universo das intoxicações. Além disso, buscou uma maior integração das fontes de dados envolvidas, passando a ser designado Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica (Sinitox).

 

Em 1999, o Sinitox iniciou a divulgação de estatísticas, por meio do seu sítio eletrônico, possibilitando a um maior número de pessoas o acesso a informações sobre intoxicação. A partir deste ano, o site do Sinitox se tornou o principal canal de interação com os diversos públicos atendidos.

 

Pelo ponto de vista institucional, um fato marcante ocorre em 2005. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a RDC 19/2005, na qual fica criada a Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat). Este documento estabeleceu a responsabilidade do Icict pela coleta, análise e difusão dos dados de intoxicação produzidos pelos CIATs, o que ratificou o papel do Sinitox no cenário brasileiro de luta contra a intoxicação.

 

Em 2015, o Sinitox completa 35 anos e lança seu novo site com a previsão de novas funcionalidades, dentre elas: Banco de Óbitos; Banco de Casos; dados de outros sistemas nacionais de informação que contemplam casos de intoxicação e envenenamento; materiais educativos para download; dissertações e teses que utilizaram dados do Sistema.